Você sabe o que é dor orofacial?

Se você já apresentou dor de cabeça, dor na face ou no pescoço, ou mesmo dor na boca, provavelmente você nem sabia, mas você teve uma dor chamada orofacial. Há casos em que ela é passageira e pode ser aliviada apenas com analgésicos, porém é mais preocupante quando a dor passa a ser constante, o que prejudica o rendimento mental, profissional e até mesmo social do indivíduo, diminuindo sua qualidade de vida. Confira no artigo de hoje como definir a dor orofacial e o momento correto para buscar ajuda.

O que é dor orofacial?

Dor orofacial é toda a dor que engloba desde tecidos moles a tecidos duros/mineralizados como pele, ossos, dentes e músculos da face e da cavidade oral.

Dores orofaciais mais comuns

Entre as dores orofaciais mais comuns estão as dores de dente (odontalgia) e de tecidos periodontais, seguida de dor na articulação, e de dores causadas pela otite e sinusite. Mas além dessas, há muitas outras dores consideradas orofaciais, como dores musculares nas costas, pescoço e nos músculos da mastigação, dores por lesão na mucosa bucal, dores com origem nos olhos, glândulas salivares, lacrimais e mucosa nasal, dores nos nervos faciais e dores relacionadas com a síndrome de ardência bucal, chamada de “boca ou língua ardente”.

Sinais e sintomas

Os sinais mais comuns são os sons e os estalidos que ocorrem nas articulações próximas à orelha. Já os sintomas são bastantes variados: cansaço muscular,  dores musculares na cabeça e pescoço, hábito de ranger os dentes (bruxismo) e de apertar os dentes (briquismo), desgastes dentários, sensação de areia nas articulações, dificuldade em abrir e fechar a boca, zumbido no ouvido, entre outros.

Causa e origem da dor orofacial

A causa da dor orofacial é multifatorial, ou seja, muitos são os fatores etiológicos desta dor, que podem ou não estar relacionados entre si.

Enquanto causada por fatores múltiplos, podemos dizer que ela apresenta dois eixos de origem: um está associado a condições físicas, como dores dentárias e nas articulações (em casos mais severos e menos comuns pode ter origem tumoral) e outro está associado a condições psicológicas, como stress e ansiedade.

Origem dentária

As dores orofaciais mais comuns são as de origem dentária. Fatores como a má oclusão dentária, que provoca desvio mandibular, a perda de guias dentárias anteriores, que projeta a mandíbula para frente, a perda de oclusão vertical, que pode posicionar a mandíbula mais para trás, contatos pré-maturos em movimento de mastigação, instabilidade maxilo-mandibular ao engolir, mau relacionamento das articulações, entre outros desencadeiam uma sobrecarga nos músculos mastigatórios e posturais da cabeça e pescoço, causando inflamações e dores.

Prevenção

A prevenção para evitar dores orofaciais vai desde a atenção com a higiene bucal para evitar cáries e dor de dente, até o cuidado com a saúde geral criando hábitos saudáveis de alimentação e de exercícios físicos, procurando evitar também situações de stress.

Tratamento

O tratamento deve iniciar assim que o paciente sentir as primeiras dores ou assim que perceber que as dores se tornaram constantes. Devido ao caráter multifatorial e ao grande número de estruturas na região da cabeça e pescoço, a obtenção do diagnóstico é complexo e exige muito conhecimento e experiência do profissional. A complexidade do diagnóstico pode fazer com que o tratamento da dor orofacial seja multidisciplinar, ou seja, com a participação de uma equipe formada por dentista, especialista em disfunção temporomandibular, médico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e psicólogo.

Orientações quanto à melhor postura ao dormir, a como se posicionar no trabalho, à seleção da alimentação e ao controle de hábitos parafuncionais – como ranger e apertar os dentes, roer unhas e morder objetos duros como canetas e lápis – poderão ser passadas e irão ajudar o paciente a conviver com seu quadro clínico durante o tratamento.

Se você tem dores de cabeça ou sons articulares que estão presentes continuadamente procure seu dentista. E lembre-se de que além da intervenção de um profissional, o sucesso do tratamento também depende da intensa compreensão e colaboração do paciente.

Você ficou com dúvida sobre o assunto? Escreva seu comentário. E se ao ler este artigo você se identificou e suspeita de que é portador de dor orofacial, agende agora mesmo sua consulta com o Dr. Fernando Reis e faça uma avaliação.

Formado em 1997 como Técnico em Prótese Dentária, aprendeu todos os detalhes e perfeições da anatomia e formatos de um dente, além de proporções para um sorriso harmônico.

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